Diário do Pai
Data Paternal 59.4
Embora o título do texto seja pitacos, me dedicarei a falar sobre os pitacos na vida do casal e gravidez em postagem futura. Ou seja, semana que vem. Neste registro busco falar de um tipo de problema que surge e repercute muito pouco, mas de sofrimento supremo para os animais... Bebê esta chegando, mas e os pets?
Quem me conhece, não é novidade nenhuma que eu tenho nada menos que 4 gatos em casa, 1 macho e 3 fêmeas, todos bem cuidados, felizes, amorosos e tudo mais. Mas claro... bastou minha esposa engravidar que começaram as especulações sobre o bebê e os gatinhos (é até maldade falar do Pan como gatinho), afinal, gatinhos sujam muito (pelos por toda parte) e como ficará o bebê (perguntaram para minha esposa, nunca para mim, por que será?)? Respondo... Bem! E vou dar os itens abaixo para sustentar o fato de não abandonar nossos gatos:
1- Tu és eternamente responsável por aquele que cativas.
Sim, estou usando o Pequeno Príncipe para afirmar, os animais domésticos e de seu convívio se apegam a você. Vou usar alguns exemplos.
Pan veio morar conosco com em torno de 2-3 meses. Em sua curta vida, já tinha falha na cauda, faltava pelos por causa de fungos, desnutrição, vermes e, na primeira semana conosco, Rinotraqueíte. Se recuperou, e após 2 anos é meu companheiro noctívago. Ele sente tanto a nossa falta que eu abro o portão ele vem me buscar na varanda.
Kitty abandonada ao lado do Top Shopping, já ali a 2 dias, fui dar um lar temporário e virou permanente (hoje a enfermeira da casa).
Estrela teve irmão atropelado, dois resgatados e a mãe envenenada, embora não demonstre, tem um carinho mortal conosco.
Luna, carinhosa da rua, peguei apenas para castrar... nunca mais saiu.
Todos estão apegados entre si. E nós a eles. Meus gatos tem sentimentos, sentem ciúmes, pedem carinho, sentem saudades. Cativamos seus coraçõezinhos e descarta-los como se nada fossem seria o mesmo crime que abandonar uma criança. Me partiria o coração deixá-los, não consigo, não vou. Não serei hipócrita de criticar esta atitude e depois fazer o mesmo. Eles não são meus gatos, são minha família e o bebê será mais um neste bando.
Pan veio morar conosco com em torno de 2-3 meses. Em sua curta vida, já tinha falha na cauda, faltava pelos por causa de fungos, desnutrição, vermes e, na primeira semana conosco, Rinotraqueíte. Se recuperou, e após 2 anos é meu companheiro noctívago. Ele sente tanto a nossa falta que eu abro o portão ele vem me buscar na varanda.
Kitty abandonada ao lado do Top Shopping, já ali a 2 dias, fui dar um lar temporário e virou permanente (hoje a enfermeira da casa).
Estrela teve irmão atropelado, dois resgatados e a mãe envenenada, embora não demonstre, tem um carinho mortal conosco.
Luna, carinhosa da rua, peguei apenas para castrar... nunca mais saiu.
2- Sujam muito a casa!
Verdade, tem pelos e sujam como crianças, são bagunceiros e precisam de constante supervisão (menos que cachorros, confesso, mas precisam) e isso aumentará os ciclos de limpeza da casa, verdade, mais trabalho, loucura. Ok! Mas e a sujeira em torno do bebê? Isso só é problema gigante nos primeiros 6 meses efetivamente, mas isso é fácil de resolver, vamos bloquear o acesso dos gatos ao quarto do bebê e banheiro. Isso mantém certo equilíbrio ao sistema, afinal, onde o bebê estará, estará limpo.
3- Podem machucar o bebê.
Mesmo do anterior, controlar o acesso deles ao Bebê. Se eles não entram em contato, não tem como machucar o bebê.
4- Podem sentir ciúmes.
Ninguém abandona uma criança poia sentiu ciúmes da mais nova. Sente ciúmes mas supera. E já combinamos, quem não estiver com o bebê pode dar atenção aos gatos.
5- Pode causar alergias no bebê.
Como imunologista, professor, tendo alergia e com anos a fio trabalhando na área posso sustentar que não é bem assim e o efeito pode ser exatamente o inverso. A exposição dos pequenos em tenra idade tem efeito contrário ao observado em adultos, ou seja, a chance de desenvolver alergia ao gato ou cachorro vivendo com eles desde o início da vida é menor dos que ficam isolados deste contato.
Este artigo é um exemplo: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28544629
Claro que tem artigos em sentido contrário a este. Mas pelo menos podemos sustentar que o contato com os gatos com controle de exposição ou "sujeira" pode ser benéfico ao Bebê.
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Portanto, não tenho motivos para abandonar meus pets. Se você tem o seu, lembre-se que são vidas que dependem de ti. E se eles já se domesticaram, abandoná-los é condená-los. A média de vida deles após o abandono é de 1 ano, enquanto os que já vivem na rua tem média de vida bem superiores.
Se não tem, só adote se quiser se comprometer. E se for ter uma criança, não abandone seus pets, jamais.
O plano para a fase critica do puerpério já está alinhavado, logo, nossa família vai aumentar e, mesmo com todo trabalho extra, os rom-rons continuarão ecoando pela casa. para onde formos, "Nossos gatos ficam conosco!"