sexta-feira, 7 de julho de 2017

Que tipo de pai você vai ser?

Data Paternal 81.3
Diário do Pai

No meio desta jornada de espera, com pessoas dando parabéns, com gente falando do trabalho que dá, as horas de sono que serão perdidas, as que já se perderam, e o fato de que será difícil mas maravilhoso, fui confrontado com uma pergunta deverás curiosa.

Foi o que aconteceu na data paternal 79.2, uma pergunta inusitada, basicamente, a pessoa somente me perguntou: "Já definiu que tipo de pai você será?".

A primeira parte da minha resposta foi "não", mas fiquei curioso em saber quais seriam os tipos de pai, e como os mesmos seriam tipificados. Seriam os pais preguiçosos vs pais atletas? Pais corujas vs pais moderados? Pais tolerantes vs pais rigidos? Pai presente demais vs pai ausente demais? É possível escolher ser um tipo de pai? Na hora fiquei até feliz de dizer não, pois os padrões de um pai se moldam com sua criança, afinal, se toda criança é diferente, a atitude dos pais assim devem igualmente variar. Isso me é uma certeza!

"Mas já sei o tipo de pai que não vou ser!" Esta foi a segunda parte da minha resposta. Simples e direta, consegui simplesmente resumir o que penso. Não saber que tipo de pai serei acho plausível pois, tudo que você sabe, acaba descobrindo que ainda não é tudo, mas saber o que não ser, ai é moleza. Quando ele me citou o fato de que alguém me inspirou para moldar minha personalidade, verdade, decidi ser contrário a muita coisa que já vi sobre paternidade (e as vezes maternidade). E como terei um menino, acredito que meu desafio será ainda maior que ter uma menina, cujo tenho maior afinidade conectiva em geral. Mas tudo certo, o que decidi não ser? Vou fazer a lista abaixo do que são regras que são invioláveis e espero, em nenhum momento, falhar (se falhar, corrigir e começar de novo):

1- respeito ao próximo de todas as formas.
Falo principalmente que ensinarei a meu filho a respeitar não apenas um grupo, mas todos, ensinar o respeito as diferenças, educar para gerar um menino que respeite mulheres, homossexuais, genero em geral, animais, natureza, etc. Esta provavelmente será uma tarefa árdua mas, com certeza quero protege-lo, e as pessoas futuras em seu entorno, da violência que sofri, (e que as minorias sofrem em índices ao menos 10x pior do que eu sofri no passado) da diferença de gênero. 

2- Reconhecer suas conquistas, mas não deixar subir seu ego.
"Não fez mais que sua obrigação!" Não existe coisa mais frustante que ouvir esta frase. Pormais que a criança se esforce, os pais a frustam para ela não desenvolver a soberba. Desculpe, mas ocorre ao contrário, a criança para de se esforçar pois, se o reconhecimento nunca vem, de que vale o esforço? Reconhecer suas conquistas, comemorar com ele, mostrando o limiar fa comemoração humilde e soberba, este será meu mantra.

3- Ajuda-lo a superar suas dificuldades, sem rebaixa-lo e sem fazer por ele.
Sim, nunca chamarei minha criança de burra, nem irei recrimina-lo por não concluir sua tarefa devido a dificuldade natural. É o oposto do item anterior, mas com o mesmo efeito danoso. Mas que fique claro, eu ajudarei, mas não farei a tarefa dele. Ele precisa aprender a lidar com o mundo, e estes postos 2 e 3 são exatamente isso.

4- Não zombar dos gostos dele.
Gostar de dança não quer dizer nada, ou melhor, que tem muito bom gosto.

5- Dosar a liberdade.
Prender demais é muito ruim, liberar demais também. Isso aprenderei com o tempo e com a confiança que ele me passe, liberdade varia com o tempo e o crescimento e farei valer este ditado. Sei que ele se chaterar comigo as vezes, mas será necessário, mas garanto que a liberdade será de acordo com sua responsabilidade.

6- A hora dele será dele.
Se existe algo pior que a ausência dos pais é a ausência presente. A criança entende os pais terem pouco tempo para ela, mas nunca aceitam que o tempo para elas não seja realmente para elas. Portanto, entre o meu filho e a festa, a escolha só será festa se for para ele. Estar junto também será ter tempo para ajudar na escola, na vida, e lá estarei,  para ser guia.

7- Fazer aquilo que eu ensinar a ele.
Este nem preciso explicar. Nada adianta falar se eu não fizer. Assim como nós fizemos,  as crianças se miram nos exemplos, não nas instruções. Se damos instruções, eles devem ser corroborados pelas minhas atitudes. Então assim será. 

Devo ter mais coisas a lembrar depois, mas estes sete pontos são cruciais do Pai que não quero ser. Sei que errarei ainda, mas não será por falta de tentativas de acertar. 

Fim do registro. 

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