domingo, 12 de agosto de 2018

Não duvide do amor de um pai que ama.

Diário do pai
Data paternal atemporal 

Um dia vem a notícia, duas linhas, começou a saga da vida, paternidade derruba a porta da sua vida, vem um turbilhão de sensações e sentimentos, mas a verdade é que a gente nada sente.

Por nove meses a gente interaje mas não sente o enjôo. As dores vem, mas nunca na gente. Não sentimos, apenas acreditamos no que nos fala a mãe, não temos outra opção. Depois de uns meses até sentimos o toque, o empurrão, mas uma barreira de sete tecidos nos separa do contato direto. E já amava. Nunca duvide de um pai que ama.

Não sofremos mudança hormonal. Nada. Apenas vemos de fora todo trabalho que a "futura" mãe sofre. Mesmo assim ficava ansioso. Quando ele chega? E amava ainda mais.

Ele nasce, primeira vez em contato, mas o contato acaba rápido, colo da mãe ou encubadora. Sentimos emoção, vontade de gritar, chorar, sorrir, segurar e não largar, sei lá, depende de cada um, mas uma coisa é certa, não sofremos onda de ocitocina. Mesmo assim, reforça nosso carinho.

Por meses, a criança rejeita seu colo algumas vezes, as vezes te estranha, estranha seu cheiro, esquece que você existe, vale menos que um seio aconchegante. Claro, você entende (ou deveria). Ele só quer a mãe. Mesmo assim, você não sabe explicar o que sente.

Troca fraldas fedorentas e quando pensa que a criança ficará contigo um pouco, vem a vontade de se ligar ao peito. Aliás, dor? Seio. Cólica? Seio. Tristeza? Seio. E você não tem seio. Mesmo assim, tava lá perto do bebê e sua mãe. Vendo mamar, e não é linda esta criança? E aquela cena te conforta.

Pela primeira vez a criança se joga no seu colo, emoção. Pulou do colo da mãe (ganhei o Superbowl)! Ele reconhece sua voz, fica contigo sem a mãe. Brinca contigo brincadeiras que só o pai faz (mentira, mas deixa eu acreditar um pouco nisso). Ele dorme confiante no seu colo. E você achava que não poderia amar mais, mas o sorriso lrova o contrário, você ama.

Nunca duvide do amor (verdadeiro da para reconhecer) de um pai por seu filho ou filha. Não é um amor que surge com ajuda. O pai que ama, ama incondicionalmente, e não duvide deste amor, nunca, pois um amor construído, um amor consolidado, sobre alicerces indestrutíveis de uma relação baseada na paciência para formação dos laços, baseada na relação pai/criança.

Nunca duvide do amor de um pai que realmente ama.


2 comentários:

  1. Tulio, parabéns pela iniciativa! De modo sensível, sem romantizar, você expressou como um pai vivencia a paternidade consciente e amorosa.💕

    "Os adjetivos passam e os substantivos ficam."

    Feliz dia dos pais!!!

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